Sobre Espaço Cultural

O Espaço Cultural do Jardim Damasceno – um galpão apropriado pelos moradores em 1991, localizado na Rua Talha Mar, nº 105, em área pública, situado no Jardim Damasceno foi totalmente ressignificado pelos moradores, como espaço de vida, convivência e de construção de possibilidades concretas para uma vida com dignidade.

Processualmente, o espaço foi exigindo, uma gestão coletiva continuada e foi assim que de forma sistemática. Desse modo, as pessoas e grupos foram se aproximando para dar sustentação ao Coletivo Espaço Cultural Jardim Damasceno, o qual faz a gestão comunitária do Espaço desde 2012 e desde então, apesar do famoso galpão de madeira nunca ter sido subutilizado, as atividades desenvolvidas focalizam e dão voz aos grupos de artistas e outros coletivos culturais que por meio da arte denunciam as injustiças e anunciam novas realidades e possibilidades.

Em face das inúmeras expressões da questão social presentes no território como: adolescentes e jovens fora da escola, ausência de equipamentos públicos de lazer, de cultura e de esporte, ausência de oferta de políticas públicas para os idosos, o Espaço Cultural Jardim Damasceno se tornou referência para o encontro das manifestações das culturas locais, debates e organizações dos moradores para incidência nas políticas sociais do meio ambiente, moradia, saúde e cultura.

A gestão do Espaço Cultural Jardim Damasceno é realizada de forma comunitária por meio de práticas que envolvem a população do entorno e uma rede de outros coletivos articulada na promoção e execução das atividades culturais tanto em seu funcionamento com a proposta de atividades semanais e mensais (cinepipoca e debate, biblioteca com leitura e empréstimo de livros, ecocultura como forma de ser e estar no ambiente urbano periférico, sarau, danças de matriz africana entre outros), como também na manutenção do espaço físico: gerido e cuidado como um bem comum, através dos princípios da sustentabilidade. Princípios esses que, pouco a pouco, têm promovido mudanças tanto no espaço, quanto naqueles e naquelas que o frequentam.

Desde o início da gestão comunitária foram densas as atividades e muito significativas, dentre elas merecem destaque: participação das crianças e adolescentes nas atividades literárias e cuidados da horta, horta comunitária urbana – propósito: conexão entre plantar, cuidar, consumir e reutilizar; produção de sabão: um outro olhar para o descarte do óleo. Chá- trabalho de história e memória (ervas medicinais); as atividades que envolvem o sarau têm como objetivo apresentações culturais com a população local e integrar os diversos espaços culturais do território; adesão a “Campanha Proteger é Garantir Direitos: Rumo aos 30 anos do ECA”, coordenada pelo Movimento pela Proteção Integral de Crianças e Adolescentes, e a partir de fevereiro 4 de 2020, iniciou curso com diversas entidades sobre educação em direitos humanos e o ECA.